A
CONFISSÃO DA NOSSA FÉ (cf Rm 10.8-10):
Introdução
A
pública profissão de fé é a maneira bíblica de o crente tornar-se membro
comungante da igreja. As Escrituras enfatizam a necessidade de confessar a fé
verbalmente diante dos homens. Foi Cristo Senhor quem estabeleceu este
princípio: “Digo-vos ainda: todo aquele
que me confessar diante dos homens, também o Filho do Homem o confessará diante
dos anjos de Deus; mas o que me negar diante dos homens será negado diante dos
anjos de Deus” (cf Lc 12.8-9). O Apostolo Paulo acrescentou: “Se com tua boca, confessares Jesus como
Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás
salvo. Porque com o coração se crê para a justiça e com a boca se confessa a
respeito da salvação” (cf Rm 10.9-10 – Almeida RA).
O Que Implica a Confissão Pública
Quando
uma pessoa deseja fazer a sua pública profissão de fé, quer afirmar diante da
igreja que tem fé viva e bíblica na pessoa de Cristo Jesus para salvação de sua
vida. Reconhecê-lo como Único e Suficiente Salvador e Senhor. Simultaneamente,
quer identificar-se com a família de Deus. Essa pessoa “considera, atentamente na lei perfeita, lei da liberdade, e nela
persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante” (cf Tg
1.25). Ao batismo o confessor se dignifica pela graça de Deus que aceita a
Justiça d’Ele que é Cristo para nós. Muitos são os deuses, os reis, as
filosofias; como muitas são as “igrejas”, os caminhos, as filosofias e
doutrinas, mas ao batismo diante da igreja de Cristo, o confessa como o Único e
Suficiente Senhor e Salvador; como Verdade e Vida. O confessor quer pactuar com
a mesma doutrina de fé que a igreja prega. Por isso aceita o batismo crendo na
fé do Caminho – Cristo Senhor!
Realidade Íntima
A
Confissão Pública é feita com a boca, mas apresenta uma realidade íntima. Com a
boca se confessa, mas com o coração se crer. O homem ver o exterior, mas Deus
considera o coração (vf I Sam 16.7). O crente que confessa age como o Novo
Homem que vive em justiça e santidade em verdade. Uma pessoa que não confessa
escorado na fé alheia, nem de seus pais, mas sincera e espontaneamente. Ninguém
se torna salvo coagido ou forçado ou como algo exterior apenas de
aparência. O Evangelho de João nos
declara que algumas pessoas creram em Jesus como Cristo Senhor, mas com medo
das autoridades religiosas (a perseguição do mundo) não o confessavam
publicamente (vf Jo 12.42). Mas Cristo asseverou: “Porque qualquer que, nesta geração adúltera e pecadora, se envergonhar
de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele,
quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos” (vf Marcos 8.38).
Revelação Especial – cf Mat 16.13-17
Quando
Nosso Senhor indagou sobre o que seus discípulos pensavam sobre Ele, o Ap
Pedro, por ser o mais velho deles, declarou a primeira confissão de fé dos cristãos:
“TU ÉS O CRISTO, O FILHO DO DEUS VIVO” (v.16). Nosso Senhor o declarou
bem-aventurado, pois tal conhecimento que eles tinham acerca de Cristo era
devido a uma Revelação Especial concedida pela graça do Pai (v.17). Não foi
revelação vinda da carne nem do sangue nenhum, mas do Espírito de Deus. Num
certo momento, quando alguns discípulos deixaram de seguir a Cristo por causa
da participação, Pedro novamente declarou: “...Senhor,
para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e
conhecido que tu és o Santo de Deus” (cf Jo 6.66-69). Ora, além de os
discípulos de Cristo terem crido, eles também tinham conhecido e, este
conhecimento é dado de forma pessoal e especial. Vede quando Cristo exclamou
com exultação devido à graça dada aos
discípulos crerem e conhecerem a Ele: “Por
aquele tempo, exclamou Jesus: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelastes aos
pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue
por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai,
senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (cf Mat 11.25-27 –
Almeida RA/SBB).
Único Senhor
Cristo
é Senhor. O Filho de Deus vindo ao mundo enviado por Ele. Veio de Deus ao mundo
e voltou ao Pai e assentou à Dextra da Majestade nas Alturas. O Pai o referendou diante dos primeiros discípulos
do Caminho quando João o Batista o batizou falando com tremenda Voz: “E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o
meu Filho amado, em quem me comprazo” (cf Mat 3.17). No Monte Santo
transfigurou-se diante de seus discípulos mais próximos quando a mesma Voz do
Pai novamente declarou: “...Este é o meu
Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi.” (vf Mat 17.5; vf II Pedro
1.16-18) - “Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor
Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos
testemunhas oculares da sua majestade, pois Ele recebeu, da parte de Deus Pai,
honra e glória, quando pela Glória Excelsa lhe foi enviada a seguinte voz: Este
é o meu Filho amado, em quem me comprazo. Ora, esta voz, vinda do Céu, nós a
ouvimos quando estávamos com ele no monte santo” . Os cristãos sempre
enfrentaram e confrontaram os senhores deste mundo e principalmente o Príncipe
deste mundo. Mas o cristão vence-o porquê ele tem um Senhor Maior que já venceu
Leviatã; vence-o por causa do sangue do seu Senhor que Reina Soberanamente e
que o comprou derrubando todo argumento (vf Ap 12.11; Col 2.14). Se o cristão
foi comprado pelo sangue o seu Dono e Senhor que o resgatou é Cristo. Agora o
crente deve glorifica-Lo através de seu corpo e de seu espírito (cf I Cor 6.20).
Suficiente Salvador
Abaixo do Céu e no
Céu só há um Nome dado entre os homens pelo qual devamos ser salvo. Cristo
declarou que ele é “o Caminho” e não um dos caminhos. Há hoje um dito popular
que “todos os caminhos levam a Deus”. Mas Nosso Senhor declara: “ninguém vem ao
Pai senão por mim” (vf Jo 14.6).
Cristo salva o perdido de forma completa e perfeita. Ele não precisa repetir
seus sacrifícios; os de bois e carneiros como eram no AT eram necessários
repetir-se, mas o de Cristo é perfeito para sempre (vf Heb 7.25). O homem
sempre quer salvar-se e andar no caminho sem Cristo, pensando que sua justiça
ou boas obras podem desviar a fúria de Deus. Mas o homem que crer e honra a
Cristo tem de Deus a aceitação, caso contrário a Ira de Deus permanece sobre o
descrente orgulhoso e impenitente (vf Jo 3.36; Rm 2.5) – “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele
que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele
permanece." (cf João 3 :
36). Até há muitos que se dizem cristãos, mas que estão com essa verdade
distorcida, muitos que irão para o inferno com a Bíblia debaixo do braço,
porque não creem perfeitamente em Cristo supondo que podem seguir a salvação
sem o Salvador, isto é, rendidos a Ele. Esses são réprobos quanto a fé e às
boas obras, de forma que mesmo o confessando conhecê-Lo, suas obras o negam (vf
Tito 1.16).
Toda Língua Confessará
É
propósito de Deus que honremos aquele que Ele enviou, isto é, seu Filho
Unigênito. Essa é a verdadeira justiça, adorar o Senhor e serví-Lo. Não mas
sejamos como servos do pecado, mas transformados em Servos de Deus. O Senhor
Jesus indagando seus discípulos sobre o que eles criam a respeito dele próprio,
Pedro em nome dos demais declarou: “Respondendo
Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo” (cf Mat 16.16). Alguns
céticos e gnósticos na época apostólica negavam que Jesus sendo Deus teria
vindo em Carne. O contrário de nós os cristãos. Nós cremos que o Verbo de Deus se fez carne e habitou entre nós (cf Jo
1.14). Por isso São João escreveu: “Aquele
que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele, em Deus”
(cf I João 4.15 – ARA). O Ap Paulo expressou o propósito final para Glória
de Deus Pai citando Isaías 45: “Pelo que
também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o Nome que está acima de todo
nome, para que ao Nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e
debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória
de Deus Pai” (cf Fp 2.9-11, vfa Rm 14.11).
Confissão & O Culto Solene
O
Ap Paulo citando Isaías 45.23: “Como está
escrito: Por minha vida, diz o
Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua dará louvores a
Deus”(vf Rm 14.11); esse decreto de Deus
mostra seu propósito de todos finalmente reconhecer sua supremacia.
Nossa confissão nos dirige para louvarmos ao Supremo Sempterno Deus e Senhor com solenidade reverente e respeito. E nós
desde já adotados para família de Deus, Deus permanece em nós pelo seu Espírito
que nos deu, eleitos com o fim de sermos para o louvor de sua Glória que desde
já o fazemos no batismo e para sempre; confessarmos
com nossa boca, dobrarmos nossos
joelhos e lhe dermos a glória. Aquele que se batiza se unirá conosco e com os
milhares de crentes santos já nos céus e os anjos na confissão da Glória do Pai
e do Cordeiro nos cultos solenes.
“Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao
redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de
milhões e milhares de milhares, proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o
poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor. Então,
ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da terra e sobre
o mar, e todo o que neles há, estava dizendo: Àquele
que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória,
e o domínio pelos séculos dos séculos” (cf Ap 5.11-13 ERA/SBB)
(c)2017 - Instituto Trinitariano do Caminho, Fonte Boa-AM.
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